Publicado por: Unknown quarta-feira, 16 de outubro de 2013

     A indicação de livro de hoje é "PAZ, AMOR E SGT.PEPPER" (na Inglaterra "Summer Of Love"; nos Estados Unidos, "The Making Of Sgt Pepper") de George Martin, lançado pela editora Relume Dumará (1995). É um primoroso registro biográfico e musical do álbum "Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band", o oitavo trabalho lançado pelos Beatles. O responsável pela tradução para o português, foi o produtor Marcelo Fróes.


     Já faz um tempo que li a obra (e já coloquei na minha lista de releituras), mas continuam muito frescas as lembranças dos relatos e experimentações contidas no livro, era um desafio ter uma música com composta por dez instrumentos, gravada com equipamentos de apenas quatro ou oito canais. O livro tem um linguagem muito simples, e é muito bem escrito. Nele, está contido todos os detalhes dos processos de gravações, o produtor George Martin traz ao público as diversas dificuldades técnicas de se fazer esse disco emblemático, em uma época em que as ferramentas eram bem mais limitadas do que a imaginação dos músicos e do produtor. O livro é apresenta uma narrativa cativante para o leitor, uma experiência de leitura deliciosa para que gosta de música, e se você for fã dos Beatles, é um pedaço da história deles que você não pode deixar de conhecer. Veja mais sobre o livro no Skoob

Abaixo, você pode curtir o álbum "Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band" completo:


Há também um documentário da gravação do disco com os depoimentos dos músicos em vídeo: 



Para ir dando aquele gostinho, leiam o PREFÁCIO da obra de George Martin:

     Livros sobre os Beatles devem compor uma pilha tão grande hoje em dia que talvez devesse existir algum tipo de lei contra isso. A maioria foi escrita por gente que chacoalhou, espetou, catalogou e criticou a história dos Fab Four sem na verdade ter sido parte dela. Já vi erros em todas essas narrativas.Meu próprio livro pode não ser muito diferente, porque estou me baseando no menos confiável dos recursos: minha memória. Alguém disse certa vez que qualquer um que alegasse lembrar-se dos anos 60, na verdade não pôde ter estado lá. Eu sei exatamente o que quis dizer. Alguns relatos escritos que conheço tampouco são confiáveis: todos olhamos a vida através de nossos óculos de diferentes cores. Portanto, o que segue é uma visão pessoal, baseada principalmente em minhas lembranças particulares.Há alguns anos estava nos AIR Studios com Paul, comentando como nos tornáramos velhos esquisitos. De repente nos vimos discordando de um detalhe insignificante. Eu disse que George fizera algo; "Não, foi o Ringo", discordou Paul — os dois absolutamente seguros de si. E então caímos na risada. "Meu Deus!", exclamei, "se não pudermos acertar, quem diabos poderá?" Henry Ford tinha razão quando disse que história é tarimba. Mas então, como diz a música, "it really doesn't matter if Fm wrong I'm right..." ("na verdade não importa se estou errado, pois estou certo...").Gostaria de agradecer a muitas pessoas. Se alguém merece o título impossível de "Quinto Beatle", essa pessoa é Neil Aspinall. Sempre longe dos holofotes, Neil servia fielmente os rapazes desde o início, ajudando-os em suas vidas complicadas. Quero agradecer-lhe por me ter ajudado a navegar naquele mar de advogados, entre os dois lados do Atlântico, quando estava produzindo The Making of Sgt. Pepper para a televisão, em 1992.Esse filme foi o ponto inicial para Paz, Amor e Sgt. Pepper. Devo muito a Rupert Perry, da EMI Records, por ter acreditado no potencial de um programa de televisão que mostrasse ao espectador o processo criativo de um disco especial dos Beatles. Agradeço também a meu co-produtor, Nick de Grunwald, por sua paciência e persistência, e por ter encontrado nosso diretor, Alan Benson, cujo olho talentoso moldou The Making of Sgt. Pepper, filme que ganhou prémios em muitos países. Melvyn Bragg nos apoiou sempre que necessário, e nos garantiu espaço na televisão inglesa, em seu excelente programa South Bank Show. O filme não poderia ter sido feito sem o apoio de Etienne de Villiers, presidente da Buena Vista International. Etienne não só deu sua bênção ao projeto, mas também convenceu a Disney Corporation a bancá-lo.Sendo um quase desconhecido no temido mundo da literatura, criei Paz, Amor e Sgt. Pepper aos arrancos. Devo agradecer a Charles Armitage por me ter convencido de que o livro fosse publicado antes de meu registro no obituário. Muito obrigado a William Pearson, que lucida­mente ativou minha memória com perguntas devastadoras, e me fez trabalhar duro junto com ele. Também apreciei a ajuda e a orientação de nossa editora, Georgina Morley.Em Abbey Road, meu velho chão, meus amigos Ken Townsend e Alan Rouse deram ajuda irrestrita e muito de seu tempo, pelo que lhes sou bastante grato. Mark Lewisohn foi fantástico, ajudando a manter minha memória ligada. Devo muito também a Ann Denvir e a Tommy Hanley, da Apple, por sua ajuda com as ilustrações, e tanto William como eu gostaríamos de agradecer a Andy Davies e a Richard Free por reunir a memorabilia dos Beatles.Mais pessoalmente, minha boa amiga e assistente de longo sofri­mento Shirley Burns deu-me uma força encorajadora. E estaria em maus lençóis sem a ajuda carinhosa de minha esposa Judy, que lembrou e relembrou comigo os altos e baixos, os dias bons e os maus, sempre me fazendo rir quando eu ficava de baixo astral. Finalmente, muito obrigado e todo amor para quatro fascinantes, impossíveis, enormemente talentosos, enfurecedores e adoráveis jo­vens, que mudaram as vidas de todos nós, uns trinta anos atrás. Esta é a história deles. George Martin, 1994.

Deixe um Comentário!

Inscreva-se nos Posts | Inscreva-se nos Comentários

- Copyright © 2013 Legenda Literária -Metrominimalist- Powered by Blogger - Designed by Johanes Djogan -