OMS emite alerta global sobre zika vírus e reconhece relação com microcefalia

Entidade menciona estudo brasileiro do Instituto Evandro Chagas e afirma que 'há definitivamente conexão' entre zika e má formação do cérebro, ainda que não seja necessariamente relação de causalidade.


A Organização Mundial de Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde emitiram nesta terça-feira (1º) um alerta mundial sobre a epidemia de zika vírus.
No comunicado aos países-membros, a organização pede que eles estabeleçam capacidade de diagnóstico da doença e que se preparem para um aumento no número de casos reforçando o atendimento pré-natal e neurológico. O comunicado da organização reconheceu pela primeira vez oficialmente a relação entre o Zika Vírus e os casos de microcefalia ao mencionar o estudo brasileiro do Instituto Evandro Chagas, que revelou a presença do vírus em um bebê microcéfalo.
"Há definitivamente uma conexão", afirmou à BBC Brasil em entrevista telefônica o especialista da organização, Dr. Marcos Espinal, diretor do departamento de doenças comunicáveis da Organização Pan-Americana de Saúde.
O documento divulgou mapas comparativos de 2014 e 2015, que corroboram a explosão de casos de microcefalia no Nordeste, onde os casos se multiplicaram 20 vezes.
"Há uma conexão entre as duas coisas, mas causalidade é uma outra história. Não podemos dizer 100% que é só o zika vírus a causa da microcefalia, ela pode ser atribuída a diversas questões. Há uma conexão porque há um evidente aumento nos casos de microcefalia no Brasil ao mesmo tempo em que há um surto de zika no país."
Nove países
Segundo a OMS, somente neste ano foram confirmados casos de zika em nove países das Américas. Brasil, Chile - na ilha de Páscoa -, Colômbia, El Salvador, Guatemala, México, Paraguai, Suriname e Venezuela.

Gravidez
O documento da OMS não faz menção ao uso do controle de natalidade como modo de evitar os casos de microcefalia. A organização recomenda no entanto que grávidas evitem o contato com o mosquito transmissor.

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terça-feira, 1 de dezembro de 2015
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A casa dos mastros | Orlanda Amarílis



Peça gráfica integrante da exposição e mostra literária


sexta-feira, 20 de junho de 2014
Publicado por Unknown

OSB + Lenine | Teatro Luiz Mendonça



Um dos maiores ídolos da música brasileira contemporânea, o cantor e compositor Lenine foi o convidado especial do concerto ao ar livre que a OSB apresentou no dia 20 de outubro de 2013 no Parque Dona Lindu (Teatro Luiz mendonça), em Recife

Foto: Dayison Nunes/JC Imagem
Representante da diversidade rítmica e cultural do Pernambuco, Lenine é autor de sucessos como Jack Soul Brasileiro e Leão do Norte, que está no repertório do espetáculo. O evento, foi promovido para celebrar os 60 anos do Grupo Queiroz Galvão, patrocinador da Fundação OSB, trará também obras sinfônicas: a abertura da ópera Russlan e Ludmilla, de Glinka, e a vigorosa Suíte O Pássaro de Fogo, de Igor Stravinsky.

segunda-feira, 16 de junho de 2014
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A morte do velho Kipacaça | Boaventura Cardoso



Peça gráfica integrante da exposição e mostra literária
sexta-feira, 13 de junho de 2014
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Herberto Helder | Se Houvesse Degraus na Terra... | Projeto Voz Lírica



Projeto "Voz Lírica" - dos alunos de Licenciatura Plena em Letras/espanhol da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
Recitado pela discenteFabiana Esteves
Disciplina: Tradições Líricas da Literatura portuguesa
Orientador: Antony Cardoso Bezerra



"Se Houvesse Degraus na Terra..."

Se houvesse degraus na terra e tivesse anéis o céu,
eu subiria os degraus e aos anéis me prenderia.
No céu podia tecer uma nuvem toda negra.
E que nevasse, e chovesse, e houvesse luz nas montanhas,
e à porta do meu amor o ouro se acumulasse.

Beijei uma boca vermelha e a minha boca tingiu-se,
levei um lenço à boca e o lenço fez-se vermelho.
Fui lavá-lo na ribeira e a água tornou-se rubra,
e a fímbria do mar, e o meio do mar,
e vermelhas se volveram as asas da águia
que desceu para beber,
e metade do sol e a lua inteira se tornaram vermelhas.

Maldito seja quem atirou uma maçã para o outro mundo.
Uma maçã, uma mantilha de ouro e uma espada de prata.
Correram os rapazes à procura da espada,
e as raparigas correram à procura da mantilha,
e correram, correram as crianças à procura da maçã.

terça-feira, 10 de junho de 2014
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Os olhos da cobra verde | Lília Momplé



Peça gráfica integrante da exposição e mostra literária


sexta-feira, 6 de junho de 2014
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Cesário Verde | Desastre | Projeto Voz Lírica




Projeto "Voz Lírica" - dos alunos de Licenciatura Plena em Letras/espanhol da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
Recitado pelo docenteAntony Cardoso Bezerra
Disciplina: Tradições Líricas da Literatura portuguesa
Orientador: Antony Cardoso Bezerra



"Desastre"

Ele ia numa maca, em ânsias, contrafeito, 
Soltando fundos ais e trêmulos queixumes; 
Caíra dum andaime e dera com o peito, 
Pesada e secamente, em cima duns tapumes. 

A brisa que balouça as árvores das praças, 
Como uma mãe erguia ao leito os cortinados, 
E dentro eu divisei o ungido das desgraças, 
Trazendo em sangue negro os membros ensopados. 

Um preto, que sustinha o peso dum varal, 
Chorava ao murmurar-lhe: "Homem não desfaleça!" 
E um lenço esfarrapado em volta da cabeça, 
Talvez lhe aumentasse a febre cerebral. 

....................................................................... 

Findara honrosamente. As lutas, afinal, 
Deixavam repousar essa criança escrava, 
E a gente da província, atônita, exclamava: 
"Que providências! Deus! Lá vai para o hospital!" 

Por onde o morto passa há grupos, murmurinhos; 
Mornas essências vêm duma perfumaria, 
E cheira a peixe frito um armazém de vinhos, 
Numa travessa escura em que não entra o dia! 

Um fidalgote brada e duas prostitutas: 
"Que espantos! Um rapaz servente de pedreiro!" 
Bisonhos, devagar, passeiam uns recrutas 
E conta-se o que foi na loja dum barbeiro. 

Era enjeitado, o pobre. E, para não morrer, 
De bagas de suor tinha uma vida cheia; 
Levava a um quarto andar cochos de cal e areia, 
Não conhecera os pais, nem aprendera a ler. 

....................................................................... 

O mísero a doença, as privações cruéis 
Soubera repelir - ataques desumanos! 
Chamavam-lhe garoto! E apenas com seis anos 
Andara a apregoar diários de dez-réis. 

Anoitecera então. O féretro sinistro 
Cruzou com um coupé seguido dum correio, 
E um democrata disse: "Aonde irás, ministro! 
Comprar um eleitor? Adormecer num seio"? 

E eu tive uma suspeita. Aquele cavalheiro, 
- Conservador, que esmaga o povo com impostos -, 
Mandava arremessar - que gozo! estar solteiro! - 
Os filhos naturais à roda dos expostos...


terça-feira, 3 de junho de 2014
Publicado por Unknown

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